VIVER É UMA ARTE!: janeiro 2010

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

MARIANA - TEXTO PRODUZIDO EM GRUPO

Mariana

Mariana era uma menina negra, gorda e pobre que tinha onze anos de idade. No local em que morava, ainda não havia água encanada, era preciso buscar no rio, que ficava longe de sua casa. Sua mãe, Maria, apesar das necessidades, vivia junto a filha. Já seu pai, Marcos, não morava com elas. Era um pai que nunca sentiu carinho pela garota e nem ajudou a criá-la.

A criança estudava numa escola municipal, onde era apelidada de vários nomes, devido sua cor, sua aparência que eram: bruaca, bruxa, baleia, baranga, chocolate, gorda, negra dentre outros. Às vezes a menina se sentia triste, inferior e ficava chorando pelos cantos da escola.

Maria, que trabalhava de empregada na prefeitura, foi despedida e já não tinha como sustentar a casa. Mariana foi obrigada a deixar a escola para ajudar a sua mãe, Maria. A mulher preocupada, tomou uma decisão: vender tudo o que tinha, inclusive a casa em que morava, que não valia muito.

Com o dinheiro adquirido com a venda, pagou algumas dívidas e com o restante, comprou comida e passou a viver na rua, pedindo ajuda para as pessoas. Quando a comida acabou, Mariana foi pedir alimentos nos comércios e quase sempre, recebia um não.

Certo dia, anadando na rua, encontrou suas colegas de escola comendo doces e salgados. A garota não aguentou de fome, então pediu um pedaço, mas as meninas não repartiram. Mariana ficou triste e saiu. No meio do caminho, ela encontrou cinquenta centavos e foi correndo ao mercadinho comprar doces. Chegando lá, encontrou um morador de rua com mais necessidades que ela, então, ela deu o dinheiro a ele.

Saiu caminhando tristonha e avistou várias pessoas reunidas. Ela foi chegando mais perto e percebeu que era sua mãe que estava no chão, ela havia morrido. A filha perguntou o que tinha acontecido, então falaram que ela tinha morrido de ataque cardíaco. Mariana não parava de chorar e dizia que a amava. Como não tinha onde morar, teve que ir para casa do pai, lá na favela.

Ao passar os dias, o pai dela começou a maltratá-la. Agora, ela vivia mais triste ainda, pois era obrigada a vender drogas, seu pai era traficante.

Marcos, o pai da menina, participava da gangue olho de cobra que disputava poderes com uma gangue rival. De repente, inicia um tiroteio, Mariana no meio daquela confusão, sentiu-se estranha. Quando seu pai a olhou e viu que a menina estava ferida, e imediatamente ele se arrependeu de todos os males que lhe causara. Pediu perdão a sua filha e lea o perdoou. Mariana sangrava muito, a bala se alojou próximo aos órgãos vitais... o coração. A dor era imensa, a pequena gritava de dor. Sua vista escureceu e várias cenas começaram a passar em sua cabeça: os apelidos que recebia na escola, o morador de rua, , as dificuldades que passou junto a mãe e do carinho que recebeu del, o pedido de perdão do pai. Essas foram suas últimas lembranças da vida, antes de adormecer em sono profundo.

Autores: Adriana Brito, Lana de Paula, Karine Nery, Orlando Vieira, Wendes da Silva, Lorrane Olívia, Larissa Cândida, Karollyne da Silva Rodrigues e Bianca Oliveira (Alunos da 7ª Série - 8º Ano da Escola Municipal Aulídia Gonçalves, Professora Meirivan)

Rescrita do Conto "A Negrinha", de Monteiro Lobato.