quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

RELATÓRIO DO 14º ENCONTRO - TP 06

Instantes

Se pudesse viver novamente a minha vida, na próxima cometeria menos erros.
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais.
Seria mais tolo do que tenho sido, na verdade bem poucas coisas levaria a serio.
Seria menos higiênico.
Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria em mais rios. Iria a mais lugares aonde nunca fui, tomaria mais sorvete e comeria menos lentilha, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveram sensata e produtivamente cada minuto de sua vida, claro que tive momentos de alegria. Mas, se pudesse voltar a viver, procuraria ter somente bons momentos. Porque, se não sabem, disso e feita a vida, só de momentos; não percam o agora.
Eu era um desses que nunca iam a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas; se voltasse a viver, viajaria mais leve.
Se eu pudesse voltar a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim ate o fim do outono. Daria mais voltas de carrossel, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez minha vida pela frente. Mas, como sabem, tenho 85 anos e sei que estou morrendo ...
(Jorge Luiz Borges, morreu em 1987, aos 88 anos, apesar de ter vivido tanto, quase não teve tempo de expressar o seu pesar por ter encarado a vida de maneira exageradamente sensata e produtiva. Só aos 85 anos ocorreu a Borges escrever o poema "Instantes", que está transcrito acima. E um texto cheio de significados para as pessoas de 85, 75, 65, 55, 45, 35 anos ou menos, e em especial as que tem dificuldade de relaxar, as excessivamente higiênicas, as que notam os entardeceres, as que tem mais problemas imaginários do que reais.)

       Iniciamos o 14º Encontro com leitrua reflexiva do texto Instantes (acima) que serviu para debatermos sobre a qualidade de vida dos seres humanos no mundo atual. Conversamos sobre o stress do dia-a-dia dos profissionais de educação. O texto utilizado serviu de porta de entrada para estudo do TP 06, tema trasversal corpo e saúde. Como de costume, para a retomada, Emanuel Reis fez a leitura do relatório do 13º Encontro. Em seguida, fizemos uma leitura comentada do texto "Argumentação e linguagem", Maria Luiza Monteiro Coroa, Unidade 21 TP 06. Continuamos os estudos com a Seção 01 - A construção da argumentação. Chegamos a conclusão que todo ato/fala de se comunicar é argumentativo implícito ou explícito porque sempre tentamos convencer os ouvintes/leitores de nossas ideias. Analisamos os textos do TP 06 para identificarmos o que é tese e o que é argumento, este é o motivo/razão que utilizamos para justificar a ideia e, aquela é a ideia principal que prende a atenção do leitor/ouvinte para leitura do texto. Na Seção 02 verificamos os textos diversificados para discutirmos sobre os tipos de argumentos que são utilizados para comprovar uma tese. A atividade foi excelente para enriquecermos os nossos conhecimentos. Após as discussões, dividimos a sala em 04 Equipes para realização das oficinas, entretanto as apresentações ficaram para o 15º Encontro. Fizemos o encaminhamento das atividades à distância, estudar e responder a Unidade 22, organizar o portfólio e dar continuidade nos projetos de leitura e escrita.

Açailândia, 12 de novembro de 2009.

Neiva Antunes Pinheiro - Formadora

CENAS DO AUTO DA COMPADECIDA - PROJETO DE LEITURA E ESCRITA























PROJETO BIBLIOTECA VIVA-ESCOLA MUNICIPAL CRISLAINE GONÇALVES DOS SANTOS


        A escola, como instância mediadora fundamental entre o leitor e o livro, precisa organizar projetos específicos, visando ao engajamento, não somente de professores e alunos, mas de toda a comunidade escolar, a fim de que possa ser atingido um nível de letramento que possibilite ao ser humano o estabelecimento de relações adequadas ao mundo atual. Isso significa entender as possibilidades de inter-relação entre os diferentes elementos e as trocas contínuas que perpetuam a mudança e possibilitam o progresso. Essa meta será atingida na medida em que for mobilizada a capacidade dialógica, por meio de atividades interdisciplinares e transdisciplinares, de modo que sejam conjugados esforços para desenvolver a autonomia do aprendiz. Nesse contexto, a leitura do texto literário emerge como uma  possibilidade de unir o desenvolvimento de uma habilidade relevante com a fruição de uma modalidade artística, ou seja, unem-se aspectos cognitivos e afetivos. Isso pode proporcionar, além do conhecimento, o prazer que o texto literário desperta por se tratar de um objeto estético.
         O projeto de leitura e escrita "Biblioteca Viva", elaborado pela cursista Solange Tavares, foi desenvolvido na Escola Municipal Crislaine Gonçalves dos Santos com os alunos de 7ª e 8ª série. As atividades realizadas envolveram leituras comparadas - O Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente e O Auto da Compadecida de Ariano Suassuna. Os alunos compreenderam a estrutura do texto literário para teatro e a função dos autos. Analisaram também os valores morais explandos nos autos e no final do projeto, fizeram a encenação dos autos. Ficou excelente o trabalho.

APRESENTAÇÃO DAS OFICINAS - EQUIPE 01 - TP 06










OFICINAS DO TP 06


ESTUDO DO TP 06 - UNIDADE 20









CURSISTAS ESTUDANDO O TP 05 PARA APRESENTAÇÃO DAS OFICINAS



IMAGENS DO 13º ENCONTRO


FORMADORA NEIVA A. PINHEIRO
Fazendo a leitura dos textos visuais e verbais.

Relatório do 13º Encontro - TP 05 ESTILO, COERÊNCIA E COESÃO

Poema de sete faces


Quando nasci, um anjo torto

desses que vivem na sombra

disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.


As casas espiam os homens

que correm atrás de mulheres.

A tarde talvez fosse azul,

não houvesse tantos desejos.

O bonde passa cheio de pernas:

pernas brancas pretas amarelas.

Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.

Porém meus olhos

não perguntam nada.

O homem atrás do bigode

é sério, simples e forte.

Quase não conversa.

Tem poucos, raros amigos

o homem atrás dos óculos e do -bigode,


Meu Deus, por que me abandonaste

se sabias que eu não era Deus

se sabias que eu era fraco.


Mundo mundo vasto mundo,

se eu me chamasse Raimundo

seria uma rima, não seria uma solução.

Mundo mundo vasto mundo,

mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer

mas essa lua

mas esse conhaque

botam a gente comovido como o diabo.


De Alguma poesia (1930) - Carlos Drummond de Andrade.


     Iniciamos o 13º Encontro com a leitura do belíssimo poema de Carlos Drummond de Andrade, "Poema de sete faces". Discutimos a essência do poema que retrata sobre as faces do ser humano perante a vida. conversamos sobre o estilo do autor, qualquer que seja o assunto tratado marca-se por uma tentativa de conhecer-se a si mesmo e aos outros homens, através da volta ao passado, da adesão ao presente e da projeção num futuro possível, características perceptíveis no poema lido. Analisamos também a justaposição na sexta estrofe, marca do autor. Continuamos os estudos com a leitura coletiva do texto da Unidade 20, Relações lógicas no texto, Maria Luiza Monteiro Sales Coroa. estudamos a Seção 01 que se refere sobre as relações lógicas no texto, sequência temporal. Observamos também que devemos ter cuidado ao utilizar os sinônimos, pois nem sempre no texto têm o mesmo significado. Na Seção 02 discutimos a negação como afirmação e a negação para atrair a atenção do leitor/ouvinte. Em seguida, realizamos uma Oficina, atividades da Unidade 20 do AAA 05. A equipe 01 trabalhou com atividades relacionadas a lógica no texto. Discutimos que a letra maiúscula, os parênteses, as expressões verbais, pronominais, substantivas, adverbiais e as preposições marcam as pistas dos textos e que a atividade desenvolvida é excelente para trabalhar com os alunos para desenvolver a competência para utilizar os elementos temporais na construção de sentidos do texto. A equipe 02 deu sequência a atividade das relações lógicas de temporalidade no texto. Utilizamos a reportagem "Gente em busca de um sonho", Correio Braziliense. Desenvolvemos o exercício com um olhar voltado sobre a importância de se trabalhar com este gênero textual para facilitar a compreensão da sequência temporal dos textos, pois a exposição sempre obedece a cronologia dos acontecimentos. As crônicas e os contos também são textos muito bons para se trabalhar em sala de aula para analisarmos a sequência temporal. A equipe 03 trabalhou a mesma reportagem para identificar a importância da temporalidade no texto narrativo. O grupo 04 trabalhou a comparação entre os elementos linguísticos, os sinônimos. Verificamos a importância dea comparação das informações semelhantes para identificar um objeto, sugerir uma crítica, uma irônia, um elogio, dentre outros e a relação dos sinônimoso reais. É essencial analisá-los dentro do contexto. A equipe 05 desenvolveu as atividades acerca do texto publicitário das Casas Bahia. Concluimos que muitas vezes negamos para afirmar, é o escopo, Usamos o impertativo negativo para afirmar e que os textos publicitários utilizam as relações de informalidade, a forma e a expressividade para convencer o leitor. Os cursistas criaram um anúncio para exemplificar a temática estudada. Terminamos o encontro com a sensação dos objetivos alcançados. encaminhamos as atividades à distância, estudar as Unidades 21 e 22 do TP06.

Açailândia, 05 de novembro de 2009.              

                                                                              Neiva Antunes Pinheiro - Formadora




terça-feira, 29 de dezembro de 2009

RELATÓRIO DO 12º ENCONTRO - TP 05 - ESTILO, COERÊNCIA E COESÃO

      Iniciamos o 12º Encontro com leitura da crônica de Luís Fernando Veríssimo, Incidente na casa do ferreiro. Perguntamos sobre a essência da crônica lida e chegamos a conclusão que é um texto escrito utilizando os ditados populares e que era um texto também para ser encenado por causa das marcações existentes nele.
       Este texto serviu para retomada da Unidade 18, TP05,  que retrata sobre coerência textual, na Seção 02 que sugere utilizar textos práticos para o despertar o gosto da leitura nos alunos, atividade 09 - adivinhas, lemos a crônica com o olhar voltado a prática do letramento, pois para identificarmos os ditados populares no texto de Luís Fernando Veríssimo, necessitamos ter um bom conhecimento de mundo. A discussão foi excelente. Em seguida, a cursista Graça Mendes leu o relatório do 12º encontro, dando sequência, iniciamos a leitura da Unidade 19, Coesão textual, Maria Luiza Sales Coroa e conversamos acerca da temática do texto: "um texto não é um amontoado de palavras ou sequência de frases" é necessário analisar a competência sócio-comunicativa do texto. Na Seção 01 analisamos as marcas de coesão dos textos e a importãncia das linguagens verbais e visuais na construção dos textos e que muitas vezes, não conseguimos fazer a leitura das partes isoladas dos textos mistos.
         Analisamos a justaposição nas construções de vários textos. Utilizamos os textos Circuito fechado de Ricardo Ramos, Imagem de Arnaldo Antunes, a pesca de Affonso Romano e o texto O show de um aluno do Ensino Fundamental. Os conhecimentos adquiridos durante as discussões foram muitos, pois percebemos que a relação de encadeamento entre as partes dos textos são importantes para estabelecer a coesão e que muitas vezes são utilizados a justaposição para determinar a coesão. Vimos também os elos de coesão, os elementos linguísticos. Encerramos o Encontro fazenso os encaminhamentos das atividades à distância: dar continuidade no projeto de leitura e escrita e estudar a Unidade 20 do TP 05.

Açailândia, 29 de novembro de 2009.

Neiva Antunes Pinheiro - Professora Formadora.



domingo, 20 de dezembro de 2009



Aluno posa junto a poesia de autoria dele.

MURAL COM OS GÊNEROS TEXTUAIS

Varal com os gêneros textuais trabalhados durante o projeto.