terça-feira, 19 de janeiro de 2010

RELATÓRIO DO 16º ENCONTRO - TP06

    No dia 10 de dezembro de 2009 realizamos o último Encontro do ano. Neste dia, foi apresentado um Seminário para apresentação das Unidades 22 e 23 do TP 06. Iniciamos a tarde com uma leitura discutida do texto, Carol nos forneceu, "Seria Lula analfabeto, como afirma Caetano?" Esse texto nos fez repensar realmente sobre o processo de alfabetização e letramento tão discutido na atualidade. O texto ampliou nossos conhecimentos uma vez que muitos cursistas tinham interiorizado que para ser um sujeito dotado de letramento, seria necessário somente a educação formal, mesmo já tendo estudado no TP 04 Letramento e cultura que fala do Patativa do Assaré e Paulo Freire, exemplo de pessoas letradas antes da educação sistematizada. Analisamos através do texto, citado acima, que o letramento surge, muitas vezes, pela necessidade sociocominicativa das pessoas e o uso desta capacidade/necessidade para intervir na sociedade.
     Após as discussões, fizemos a leitura do texto do TP 06 "O processo de produção textual: revisão e edição". de Silviane Bonaccorsi Barbato, que faz referências aos assuntos das Unidades a serem estudadas. Em seguida, iniciaram as apresentações. Equipe 01 Revisão, páginas 120 até 134, os Cursistas desta Equipe, falaram sobre a importância da revisão do texto no proceeso da escrita. Enfatizaram acerca da intervenção dialógica como técnica de produção de texto. Outro aspecto importante da revisão é que o escritor necessita ter um olhar crítico em relação ao próprio texto, é a inversão de papéis. o Escritor torna-se leitor. Demonstraram as várias estratégias que podemos usar nas aulas de leitura e escrita: o resumo, a paráfrase, a paródia dentre outros. Entretanto, no processo de leitura e escrita de textos não podemos deixar bem claro que devemos estar sempre com um olhar voltado para a situação sociocomunicativa do texto a ser escrito. Apresentaram as estratégias do planejamento da escrita, TP 04 - Dimensões do ato de planejar a escrita. A Equipe fez o encerramento relatando sobre o processo avaliativo na produção de texto, enfatizaram que nós professores apontamos os erros nos textos dos alunos e não fornecemos sugestões e nem estratégias para desenvolver as habilidades e competências leitoras e escritoras nos alunos. A avaliação precisa ser processual, ou seja, anlisar o que os alunos têm a nos contar, suas opiniões e informações que possam transmitir e encerrando o trabalho, os Cursistas demonstraram um cartaz com os elementos marcadores que podemos deixar exposto em sala de aula para que o aluno possa assumir um crítico enquanto lê/produz o texto.
    Prosseguimos com a apresentação da Equipe 02 - A revisão e edição, páginas 135 até 142. Os Cursistas exploram acerca da importância da revisão na edição do texto: o autor necessita aprender a dialogar com o próprio texto; a leitura individual e a coletiva fazem parte do processo de revião e edição; saber fazer perguntas ao texto é essencial para uma boa produção; conhecer os lementos de coerência e coesão para a edição do texto é primordial. A Equipe 03 trabalhou com Estratégias de revisão e edição, páginas 143 até 155 - TP 06. Os Cursistas relataram sobre a importância de trabalhar, em sala de aula, com atividades desafiadoras. Podemos explorar vários textos com problemas de coerência e coesão, textos em tiras, elementos coesivos em tiras para completar textos, o uso do dicionário para utilizar sinônimos dentre outras sugestões apresentadas pelo Grupo. Não esqueceram de enfatizar a importância de trabalhar em grupo, os alunos podem fazer a revisão do colega, mas é necessário que os estudantes conheçam bem as normas da língua bem como a intervenção do professor junto aos grupos de estudo. O Grupo 04 relatou a importância da "Literatura para adolescentes", Maria Antonieta Antunes Cunha, páginas 165 até 180. Os Cursistas relataram a dificuldade de despertar nos alunos o gosto pela leitura, principalmente nos adolescentes. Reafirmaram que hoje, temos uma variedade de "substitutos" do livro. A Internet, a televisão, o rádio dentre outros meios que atraem mais a atenção dos seres humanos. Mas a escola é responsável em despertar na criança o prazer pela literatura, pois esta é a mais bela das artes. É a matéria-prima da palavra. Ela alimenta o espírito humano. Entretanto, oferecemos poucas possibilidades de leitura aos alunos que acabamos transformando-os em péssimos leitores porque leem superficialmente. Não conseguem entender as entrelinhas do texto. Os Cursistas também falaram que sempre jogamos a culpa na família que não ajuda, todavia, o aluno vai para a escola é para aprender a ler e a escrever, portanto, a escola é responsável por desenvolver a competência leitora nos alunos alternando as condições de boa leitura, o educador deve ser o modelo leitor. Ele precisa ler para os alunos e com os alunos. O professor necessita redescobrir a literatura.
      Os estudos prosseguiram com a Equipe 05, "A qualidade literária é primordial no livro para adolescentes?". Iniciaram as discussões sobre como definir "literatura juvenil", conversamos muito e não conseguimos a uma definição e nem poderíamos, pois nem especialistas ainda não conseguiram tal proeza. Entretanto, é primordial, trabalhar com livros adequados a idade dos alunos, não que deixemos de trabalhar com os Clássicos Literários com alunos de 5ª e 6ª série, mas que saibamos lidar com uma leitura voltada ao gosto dos pré-adolescentes e dos adolescentes. Hoje em dia, existem vários livros que desenvolvem várias temáticas como suspense, ação, aventura, namoro, mistério, heroísmo dentre outros. Devemos praticar mais a leitura com os alunos desde cedo e dar prosseguimento pelo resto da vida.  Continuando as conversas, a Equipe 06 demonstrou que "Existem boas formas de explorar a literatura na escola?", páginas 192 até 202. Os Cursistas iniciaram a apresentação relatando sobre alguns projetos de leitura já desenvolvidos nas escolas do município de Açailândia. Solange Tavares falou da experiência encantadora em trabalhar o projeto "Biblioteca Viva" na Escola Municipal Crislaine Gonçalves. Ela explorou com os alunos uma leitura comparada do "Auto da Barcado Inferno" com o filme "O Auto da Compadecida, baseado na obra de Ariano Suassuna. A Cursista disse que através do projeto, os estudantes do 9º Ano despertaram o gosto pela leitura e consequentemente, melhoraram o nível de aprendizagem. Os integrantes da Equipe mencionaram que a leitura não pode ser uma cobrança, mas que ela possa ser prazerosa para os educandos. Explanaram que o Ministério da Educação tem investido muito na educação, principalmente, ampliando os acervos das bibliotecas das escolas, mas que infelizmente, não utilizamos este material com os alunos. Ao final das apresentações, os Cursistas chegaram ao momento reflexivo: que a melhoria no processo de leitura e escrita é função da escola e que para o ano de 2010 iniciaram as atividades docentes com um olhar voltado à aprendizagem dos alunos. Encerramos o último Encontro de 2009 num clima natalino, desejando paz e saúde a todos.


Açailândia, 10 de dezembro de 2009.

                Neiva Antunes Pinheiro.

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